15 de fev. de 2010

Agradecimento e relato de viagem

A todos os queridos que contribuíram com um pouco de si, que foi conosco ao Sertão Paraibano,


Somos muito gratas pela oportunidade e privilégio de termos levado em nossa bagagem um pouquinho de cada um de vcs...

Nossa ida foi bastante conturbada, dificuldade de chegar em Guarulhos numa véspera de feriado, vôo atrasado, ônibus perdido, taxi de Recife até João Pessoa para pegar o 1º bus, rodoviária de João Pessoa sem passagens de ônibus...e um anjo paraibano surge com seu taxi para nos levar a Patos...surpreendentemente, chegamos no horário previsto depois de uma noite toda sem dormir, tentando chegar no Sertão. Chegamos já na hora de dar o curso...( ainda não sabemos como o tanto de bagagens, q estava nas malas cheias de livros e materiais de escola couberam no porta mala do seu Luis, vulgo anjo paraibano com seu corsinha sedan...rs) Nossas forças foram renovadas e estávamos inteiras para o trabalho que rolou das 11hs até 21hs...

O curso contou com a participação de 20 professoras das escolas da cidade e da ONG...foi um tempo bastante especial, todas muito envolvidas e dispostas a contribuir para a aprendizagem das crianças e adolescentes.

Foi impressionante ver o que foi construído com as crianças em tão pouco tempo, desde a minha última visita que aconteceu em Junho/09. As crianças outrora agressivas, indisciplinadas, sem interesse e sem saber ler e escrever; hoje, depois de 4 meses apenas, muitas estão no processo de alfabetização e estão mais calmas e colaborativas. As professoras que antes estavam despreparadas e amedrontadas com a realidade difícil, atualmente estão implicadas em transformar a vida daquela população, tão abandonada a própria sorte...

Muita gente se dispôs a doar...conseguimos levar mais de 300 títulos entre Literatura Infanto-Juvenil; Literatura Universal, Brasileira e Portuguesa; Didáticos, paradidáticos e enciclopédias. Enviamos parte dos livros de carona por uma transportadora e o que veio mais tardiamente levamos nas nossas malas, que também continha muitos matérias escolares, que foram comprados com algumas ofertas especiais que recebemos.

Tudo foi recebido com muito carinho e com a certeza de que preciosidades foram deixadas por lá...

Soubemos também que a ONG esta passando por tempos difíceis financeiramente, conseguiram comprar um terreno e iniciar uma construção para dobrar o número de crianças atendidas, que hoje é de 150. Mas a construção foi interrompida por falta de dim dim e uma névoa de tristeza paira sobre eles com a possibilidade de ter q reduzir o número de crianças atendidas.

Se alguém sentir vontade de contribuir financeiramente com o Projeto, seria de grande valia, já que o trabalho é um verdadeiro óasis naquele Sertão; que tem trazido uma nova oportunidade de dignidade aquelas famílias e suas crianças...

Fiquem com DEus,

Um abraço,

Carol Ferigolli

E também Renata Truffa, Carol Schiesari e Juliana Noronha



14 de fev. de 2010

Algumas orientações didáticas relacionadas à aprendizagem da escrita

Algumas orientações didáticas relacionadas à aprendizagem da escrita


O que deve ser feito em sala de aula com a escrita, e é possível considerar o trabalho com a análise e a reflexão sobre a língua. Vejamos as orientações:

1. Desenvolver atividades de leitura e de escrita que permitam aos alunos aprender os nomes das letras do alfabeto, a ordem alfabética, a diferença entre a escrita e outras formas gráficas e convenções da escrita (orientação do alinhamento, por exemplo).

2. Apresentar o alfabeto completo, desde o início do ano, e organizar atividades de escrita em que os alunos façam uso de letras móveis.

3. Planejar situações em que os alunos tenham necessidade de fazer uso da ordem alfabética, considerando algumas de suas aplicações sociais.

4. Propor atividades de reflexão sobre o sistema alfabético a partir da escrita de nomes próprios, rótulos de produtos conhecidos e de outros materiais afixados nas paredes (ou murais) da sala, tais como listas, calendários, cantigas, títulos de histórias, de forma que os alunos consigam, guiados pelo contexto, antecipar aquilo que está escrito e refletir sobre as partes do escrito (quais letras, quantas e em que ordem elas aparecem).

5. Planejar situações em que os alunos sejam solicitados a escrever textos cuja forma não saibam de memória, pois isso permite que você descubra as idéias que orientam suas escritas e, assim, planeje boas intervenções e agrupamentos produtivos. É inerente ao processo de alfabetização que, simultaneamente à aprendizagem da escrita, os alunos aprendam a linguagem que se escreve. É no momento em que você atua como escritor e revisor de textos, na presença dos alunos, que lhes comunica os comportamentos escritores tão determinantes para a aprendizagem da linguagem que se usa para escrever.

6. Propor atividades de leitura para os alunos que não sabem ler convencionalmente, oferecendo-lhes textos conhecidos de memória, como parlendas, adivinhas, quadrinhas, canções, de maneira que a tarefa deles seja descobrir o que está escrito em diferentes trechos do texto, solicitando o ajuste do falado ao que está escrito e o uso do conhecimento que possuem sobre o sistema de escrita.

7. Participar de situações de escrita nas quais os alunos possam, num primeiro momento, utilizar a letra bastão e, assim, construir um modelo regular de representação gráfica do alfabeto. Proporcionar-lhes também contato, por meio da leitura, com textos escritos em letras de estilos variados, inclusive com letras minúsculas.

8. Propor situações nas quais os alunos tenham de elaborar oralmente textos cujo registro escrito será realizado por você com o objetivo de auxiliá-los a entender fatos e construir conceitos, procedimentos, valores e atitudes relacionados ao ato de escrever.

9. Planejar situações de produção de texto individuais, coletivas ou em grupos para que os alunos aprendam a planejar, escrever e rever conforme as intenções do texto e do destinatário.

10. Propor momentos em que os alunos se sintam capazes de elaborar várias versões de um mesmo texto para melhorá-lo e, assim, compreender a revisão como parte do processo de produção.

11. Participar de situações de análise de textos impressos (utilizados como referência ou modelo) para conhecer e apreciar a linguagem usada para escrever.

12. Participar de situações de escrita e revisão de textos para que possam aprender a se preocupar com a qualidade de suas produções escritas, no que se refere tanto aos aspectos textuais como à apresentação gráfica.

13. Planejar propostas de produção de textos (coletivas, em duplas ou grupos) definindo previamente quem serão os leitores, o propósito e o gênero, de acordo com a situação comunicativa.

14. Planejar situações que levem os alunos a aprender alguns procedimentos de escrita, tais como: prever o conteúdo de um texto antes de escrevê-lo, redigir rascunhos, revisar e cuidar da apresentação do texto, sempre com sua ajuda.

15. Desenvolver projetos didáticos ou seqüências didáticas nas quais os alunos produzam textos com diferentes propósitos e, assim, revisem distintas versões até considerarem o texto bem escrito, cuidando da apresentação final, sempre com sua ajuda.

16. Desenvolver atividades de revisão de textos (coletivas, individuais, em duplas ou grupos) em que os alunos se coloquem na perspectiva do leitor do texto para melhorá-lo (modificar, substituir partes do texto), sempre com sua ajuda.

17. Programar atividades de análise de textos bem elaborados de autores reconhecidos para que os alunos consigam, com sua ajuda, observar e apreciar como autores mais experientes escrevem (como descrevem um personagem, como resolvem os diálogos, evitam repetições, fazem uso da letra maiúscula, da pontuação...).

18. Propor atividades de escrita (coletivas, em duplas ou grupos) nas quais os alunos tenham de discutir entre si sobre a escrita de algumas palavras (os nomes da turma, os títulos de histórias conhecidas etc.) e, assim, compartilhar suas dúvidas e decidir sobre a escrita dessas palavras, sempre com sua ajuda.

FONTE: Programa de Professores Alfabetizadores- MEC