22 de dez. de 2009

O que precisamos "saber" sobre as crianças e o brincar...

1. O que não “sabemos” sobre as crianças...

“Cada criança reconstrói a sua própria inteligência e seu próprio conhecimento. Por exemplo, contar ou recitar o nome dos números, certamente, para a criança vem do mundo externo. Porém aprender a noção de números é algo muito diferente de aprender a recitar os nomes dos números. A noção de número é construída pela criança como um ato criativo, como uma multiplicidade de atos criativos.” (Jean Piaget, 1972, Conferência Criatividade: Psicologia, educação e conhecimento do novo)

“Se concordamos com Piaget que em todo o processo de conhecimento estamos sendo criativos (por criarmos estruturas para conhecer), talvez fosse mais adequada à preocupação com o planejamento de aulas plenas de situações novas a serem conhecidas, plenas de perguntas que desafiassem os alunos a sofrerem desequilíbrios cognitivos. E não a preocupação com o planejamento “formação para a criatividade”, mas o planejamento para as experiências de conhecimento.” – Profª Luiza Helena da Silva Chistov – Sobre a palavra criatividade: o que nos levam a pensar Piaget e Vygotsky.

2. Brincar

O brincar tem um lugar e um tempo. Para dominar o que esta fora é preciso fazer coisas, não só pensar ou desejar, e fazer coisas leva tempo. BRINCAR é fazer. (Winnicott)

O brincar é parte essencial do desenvolvimento da criança, a criança que não brinca não se desenvolve de forma plena. Winnicott (1975) afirma que é no brincar que a criança encontra meios para ser criativa e utilizar sua personalidade integral.

Brincar é descobrir as bondades da linguagem; é inventar novas histórias, é assistir à possibilidade humana de criar novos pulsaris, e isso é maravilhosamente prazeroso. Brincar é por a galopar as palavras, as mãos e os sonhos. Brincar é sonhar acordado; ainda mais: é arriscar-se a fazer do sonho um texto VISÍVEL. Um grande obstáculo para instrumentalizar um programa educativo em que a criança e seus jogos estejam no centro é a dificuldade que tem os professores para jogar. (Morales Ascencio,1995)

“Dizer que a educação é atividade irmã do brinquedo e da arte é denunciar a repressão, relembrar o paraíso perdido, anunciar a possibilidade da alegria, rejeitar as experiências fragmentadas, buscar a experiência perdida da cultura, dilacerada pela sistemática administração centralizada da vida que, em nome da eficácia, quer gerenciar todas as coisas”. (DUARTE, 2005, p. 13)

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