Sobre o trabalho nas escolas indígenas de aldeias Terenas/MS
Em junho de 2010 tive a oportunidade de ter uma vivência educacional em terras pantaneiras. Fui a convite de um grande amigo antropólogo, que trabalha com a formação de professores indígenas. A queixa inicial tinha relação direta com o trabalho com as crianças que apresentam alguma necessidade educativa especial, assim como deficiência. A proposta foi fazer uma oficina com os professores indígenas na escola de Dois Irmãos do Buriti/MS e uma assessoria a professoras da Aldeia Passarinho em Miranda/MS
Tivemos alguns problemas na nossa chegada à aldeia, o que ocasionou uma mudança significativa na proposta que havia sido apresentada. Considerando o ritmo diferenciado e elementos culturais necessários para a realização de um trabalho como esse, foi necessário, considerar elementos do cotidiano e demandas internas da organização da Aldeia.
Gostaria de considerar dois momentos, que foram parte desse tempo de reflexão e que considero significativo para compartilhar:
1. Roda de conversa com os professores e coordenador da Escola Indígena - Tempo precioso de troca de experiências, levantamento de hipóteses e sugestão de proposta de trabalho, sobre os principais problemas apresentados pelos alunos e dificuldade que os professores apresentam na intervenção com os alunos.
2. Sondagem com algumas crianças da comunidade - mapeamento de habilidades relacionados à leitura e escrita, assim como competências de construção simbólica e de representação da linguagem.
A situação do ensino lá é muito complicada, uma vez que os professores acabam não tendo uma formação adequada e nem acesso a materiais didáticos e de estudo, que possam fomentar/viabilizar propostas de trabalho que sejam interessantes e eficazes. Além dos aspectos sociais que influenciam a aprendizagem do pequenos, como é a questão da desnutrição e falta de trabalhos relacionados a aquisição de linguagem, inclusive oral.
Por Carol Ferigolli
Proposta inicial:
DIA Horário TEMA/ Atividade proposta
4/6 – sexta Manhã (9hs -12hs) 9hs – 10hs – Apresentação e compartilhar de expectativas sobre o encontro
10hs – 12hs – Roda de conversa sobre alunos que não “aprendem”. Quem são esses alunos? Por que eles não aprendem?
Sondagem
Apresentação de casos reais e possibilidades de intervenção
Tarde (14hs – 18hs) Formação sobre Alfabetização e Letramento
5/6 - sábado Manhã (9hs – 12hs) Sondagem com as crianças na escola indígena
Tarde (14hs – 18hs) Trabalho em grupo – Produção de atividades e intervenções
6/6 - domingo Manhã (10hs – 12hs) 10hs – 11hs – Compartilhar do trabalho em grupo
11hs – 12hs – Avaliação
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