31 de out. de 2010

Acordando Palavras, Acordando Pessoas!

Queridos irmãos,

Serei um pedacinho de vocês brisando talvez no pé da montanha de algum canto da nossa querida Latino-América.



Nesses últimos meses minha vida simplesmente virou do avesso...

Em julho, fiquei viajando durante 20 dias, por um país que sempre me encantou só de ouvir falar. Foi aí que a Terra dos Incas entrou na minha vida definitivamente. Gracias a bondade do Pai pude mochilar e conhecer um monte de lugares que nem sei como pude estar em tantos lugares, em tão poucos dias e também com tão pouco dinheiro. Lima, Arequipa, Chivay, Yanque, Puno, Juliaca, Cusco, Água Calientes, Santa Teresa, Santa Maria, Cajamarca, a tão Magnifica Machu Picchu até chegar em Huánuco, até Copacabana na Bolívia e sua majestosa ilha do SOL.

Foi impressionante como fui tocada nessa viagem, as pessoas, os lugares, as paisagens, os longínquos vilarejos perdidos na poeira das montanhas, as crianças quéchuas, suas llamas e pele grossa agredida pelo frio. A cordilheira dos Andes que me fazia sentir a multiforme graça do Pai. As montanhas tocavam os céus e me fazia sentir Deus mais perto.

Em Huánuco, cidade onde vivi por uma semana, algo mais que sensacional me tocou, foi um misto de dor, de vergonha pela nossa humanidade caída e egoísta, de raiva de ver pessoas vivendo abaixo do que a ONU considera pobreza extrema, crianças empoeiradas, na beira dos penhascos íngremes e cheio de ventanias empoeiradas. Famílias com 2 batatas para alimentar a todos num dia, falta de água e casas com mais recursos eram aqueles em que o buraco para defecar existia...essa é a realidade cotidiana das pessoas que vivem nos assentamentos humanos Leôncio Prado e Nova Generacion. Fiquei feliz e muito encorajada porque conheci também alguns peruanos guerreiros, que com uma caixa de lápis de cor e meia dúzia de cartolinas amassadas sobem a comunidade toda semana para fazer diferença na vida daquelas crianças invisíveis dos assentamentos humanos. As pessoas que conheci lá despertaram algo forte em meu coração um desejo de servi-los, de compartilhar o que sei fazer, de implantar um projeto educacional lá, de viver com eles, por eles e com a ajuda deles, porque foi no rostinho daquelas crianças que pude sentir a nostalgia do Paraíso perdido.



As portas começaram a se abrir, o projeto está pronto, os vínculos com as instituições peruanas acertado, alguns malucos e amigos queridos que pensam bastante na Missão Integral me apoiando e está oficialmente aberta a temporada de captação de recursos para a realização do Projeto, já que os peruanos a quem vou servir tem inclusive, falta de recursos financeiros.

O desafio na verdade é gigante, em muitos sentidos, mas tenho certeza que a Graça Dele me bastará.

Por favor, lembrem-se de mim em suas orações! E se sentirem o desejo de ver esse trabalho acontecer o convite a compor a rede de mantenedores está feito!

Vou bem plagear o nosso querido Apostolo Paulo:

“Quero conhecer a Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos.” FL 3;10

Hasta Luego,

Carol Ferigolli

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